Lutas Estudantis
I Paralisação dos Estudantes Secundaristas do CEDJB
Aconteceu nesta segunda-feira, 16, a 1ª Paralisação dos Estudantes do Colégio Estadual Dom Juvêncio de Britto. A manifestação foi uma realização do Grêmio Estudantil, juntamente com a União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Canindé de São Francisco (UMESC). A I Paralisação dos Estudantes do CEDJB, teve como principal objetivo cobrar o conserto da rede elétrica da unidade de ensino, que há mais de um ano está defasada, inclusive com quedas de energia constantes, causando transtornos nas atividades escolares.
De acordo com o presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Dom Juvêncio de Britto e da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Canindé de São Francisco (UMESC), Damião Feitosa, o problema na rede elétrica do Colégio foi o responsável inclusive pela não realização das eleições 2014 na unidade escolar. Ainda segundo o presidente, em decorrência do problema, o ano passado, as aulas foram suspensas durante oito dias.
A paralisação teve início às 9 horas, com concentração na frente do Colégio Dom Juvêncio. Por volta das 11h30minh, estudantes, professores, pais de alunos e órgãos sindicalistas, a exemplo do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Canindé de São Francisco (Sindiserve) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado de Sergipe (Sintese), ganharam as ruas da cidade, em caminhada pelas principais vias do município, levando à sociedade canindeense a situação em que se encontra a escola estadual.
Além do problema na rede elétrica do Colégio, segundo os alunos, há também a falta de merenda e de material didático, entre eles apagador, item de preço tão acessível, mas que falta para o professor da instituição.
“É um movimento idealizado pelos alunos, reivindicando o conserto da rede elétrica, entre outros problemas em pauta. Os professores reconhecem como legítima a luta dos estudantes, porque vai beneficiar a maioria”, sintetiza a professora do 5º ano, Margarida Sibaldo.
As aulas do Colégio Dom Juvêncio de Britto no dia 16, aconteceram nas ruas de Canindé, onde eufóricos, estudantes gritavam por melhorias na escola mais antiga do município.
Segundo o presidente do Partido dos Trabalhadores, Missinho Balbino, o movimento estudantil faz sua parte. “É uma reivindicação justa, não só dos alunos, mas dos professores e também de todos que fazem o Colégio Dom Juvêncio. É importante que o movimento estudantil continue na busca pelos seus direitos”, afirma.
Ainda de acordo com ele, o ideal é que após essa movimentação, estudantes e direção sentem e levem a DRE 09 a situação em que o Colégio se encontra para que o problema possa ser sanado.
Perguntado sobre a problemática que se arrasta no Colégio há quase dois anos, o estudante do 3º ano do ensino médio, Jefferson Matheus, dispara: “ Absurdo a situação em que nós estudantes do Colégio Dom Juvêncio nos encontramos. Pagamos impostos caríssimos. No entanto, merecemos uma educação de qualidade, algo que não acontece aqui”, conta em meio a indignação.
Já o presidente do (Sindiserve), Emanoel Aleixo, vibrou com a volta do movimento estudantil em Canindé de São Francisco. “Canindé hoje tem a volta do movimento estudantil, que vai contribuir nas reivindicações dos estudantes. A paralisação de hoje mostra a força da juventude”, diz.
Procurada por nossa reportagem, a direção do Colégio estadual Dom Juvêncio de Britto, não quis comentar sobre a manifestação.
Colunista: Dafnne Victoriah